Exatamente....
"Quando me perguntam qual a maior mudança no estilo de vida quando se
mora na Europa, digo sempre que é poder exercer, no seu sentido mais
amplo, a liberdade de escolha. O que para mim significa não apenas ter a
chance de escolher o melhor, mas também tomar decisões sem julgamentos
ou padrões. Poder escolher de maneira íntegra e de acordo com o nosso
real desejo, sem a tirania das conveniências, opiniões ou possíveis
consentimentos para se adequar ao que é socialmente aceitável ou
oferecido."
(Daqui)
Nos perídos que fiquei fora do País, senti exatamente isso e aí, você pode indagar-me: se é assim, estás aqui ainda por qual motivo?
-Covardia e outros subterfúgios que ainda precisam ser esclarecidos.
Minha dermatologista me repreendeu fervorosamente por querer continuar morando aqui, em um País perigoso, com uma política desprezível, sem segurança...me olhou incrédula quando disse dos planos de engravidar e continuar aqui e disse: -quando você tem um filho, você não pensa mais em você, mas sim NELE.
Me deu medo, muito medo.
Até pela razão que me incomoda a classezinha abastada, que se diz abastada, mas compra Audi em parcelas a perder de vista. Geralmente, quem tem fica logo com um carro econômico e pronto: não polui, tem bom uso, é não chama atenção. E me incomoda essa loucura por roupas de griffe, sapatos de griffe, namorados de griffe, fotos de griffe....
Enfim, nunca dei a mínima para certas coisas e hoje tenho o privilégio de só fazer o que quero e como quero. E não pago pau para ninguém mesmo. Já paguei e muito, mas isso era quando eu achava que estava só no mundo. Só no mundo é quem paga pau. Liberdade é quando você simplesmente pode ignorar feliz da vida (e não por vingança) quem te ignorou, quem se negou a te ajudar, quem se acha em pedestal porque é convidado vip de restaurante que copia restaurante dos Estados Unidos ou que frequenta fly ins da vida. Pela amor.... Mas se algo acontecer aos pais, o que fará da vida, já que foi resguardado e não tem o mínimo preparo para cuidar dos negócios?
Nobreza e riqueza são distintas.
Os pais que oferecem os dois aos filhos (as) são dignos de clap,clap. Não ganham mesada, não ganham nada na mão, amam o que fazem, sabem que o que produzem, o que vendem, também faz parte deles e daqueles que trabalham para eles e tem contas a pagar.
Uma diferença enorme...
Eu comecei a trabalhar aos 15 anos enquanto minhas amigas ( sic, sic,sic) estavam em clube e dizem que sofri bulling, mas Deus sempre foi generoso comigo. Obrigada. Não sofri bullig não, sofri uma delicadeza extremada, sofri projeções e hoje, posso olhar de cima e por cima porque eu estive em lugares que nem um terço deles esteve e nunca tive nada de mão beijada, dado por sobrenome ou por dinheiro.E tenho até hoje o primeiro relógio que comprei com meu primeiro salário.
Eu vi o mundo, você viu o....
Enfim, há muito a ser trabalhado.
Eu vou aos poucos perdendo o orgulho de ser brasileira, dos brasileiros....
Vou desistindo de facebook...
vou aprontando as malas, refazendo conceitos...
revendo e refazendo um tear indisolúvel.
E eu fui bem porcalhona ao expor meus parcos conhecimentos...
Bauman é bem mais fashion, é o pensador mais fashion da atualidade e ele sim explica essa liqueidez inexorável de relações pizza, gozos pizza, pais Cadinhos, maridos Cadinho, amizades pizza, etc,etc.
mas ele é o Bauman e eu sou eu...
sou uma mulher que viveu ao contrário, ou melhor, vive o contrário:
-depois de anos e anos, eu me apaixonei pelo homem certo: o que esteve sempre ao meu lado.
OBRIGADA!