quinta-feira, 2 de agosto de 2012

mais um jornalista que cai....

mais um jornalista que cai....
Fica a pergunta: dará filme também?
O jornalista Jonah Lehrer , da revista The New Yorker, pediu demissão após admitir que inventou frases atribuídas ao cantor e compositor Bob Dylan para escrever seu livro "Imagine: How Creativity Works" ("Imagine: como funciona a criatividade").
No livro há uma frase que apareceu pela primeira vez no documentário dos anos 1960, "Don't Look Back", em que um repórter pergunta a Dylan como ele faz suas músicas. "Eu simplesmente escrevo. Não há nenhuma grande mensagem", respondeu o cantor. No livro, o jornalista Lehrer coloca esse depoimento e adiciona: "Pare de me pedir para explicar". Esta frase não está no filme. Segundo Moynihan,  Lehrer também inventou citações sobre como Dylan escreveu "Like a Rolling Stone".
Não é a primeira vez, nem acredito que será a última.
Indaguei se "daria" filme já que, entre outros, há um, em particular, que retrata um caso real de um jovem jornalista que inventava fontes, locais e em muitos casos a matéria toda em uma renomada revista americana. O filme é o "O Preço de uma verdade" (Shattered Glass - 2003): uma produção simples mas que mostra um fato que pode parecer isolado, mas acontece bastante. Em época de eleição então é só prestar muita atenção em reportagens que surgem, algumas delas são verdadeiras obras de ficção, passando longe do bom jornalismo .
Filmes sobre Jornalismo e Jornalistas sempre tem um quê de espanto. Achamos que um jornalista não é capaz de tudo por uma fonte, mas acredite, há jornalistas que são capazes de tudo.
Há boas sugestões de filmes AQUI.

Todavia, um filme, mais particularmente, uma cena que de um filme em particular que mostra justamente essa loucura por obter fontes de qualquer maneira, é em Tudo pelo Poder que mostra um episódio na carreira do jovem assessor de imprensa Stephen Meyers (Ryan Gosling), que trabalha na campanha do Governador Mike Morris (Clooney), o democrata modelo que espera representar o seu partido nas eleições presidenciais. Meyers não é ingênuo: embora acredite na aptidão de Morris para reconduzir os Estados Unidos ao topo do mundo, o assessor é ambicioso e calculista. Clooney o elege para nos guiar ao longo da história, porém, aos poucos, entendemos que Meyers não é mais do que uma peça no tabuleiro. Nesse jogo mesquinho de estratégia ninguém é indispensável e mesmo os triunfos parecem ser efêmeros.
Como sempre, Stephen Meyers, está absolutamente fabuloso e  acredito que seja um dos atroes mais camaleônicos  dessa geração. O primeiro filme, mudando da água para o vinho, que assisti com ele e pensei "ai, tem coisa" foi O MUNDO DE LELAND.
Sem palavras.
Enfim, o filme  TUDO PELO PODER tem A CENA... justamente a hora que Stephen dá a volta por cima e a jornalista "pidona" e que joga para todos os lados (isso é universal, ins´t it?!), no caso interpretado pela "a atriz que sempre tem a mesma cara" Marisa Tomei  que pede (ou melhor, implora) logo após sacaneá-lo, alguma informação para alguma matéria de primeira página. Não foi a resposta dele, foi o o que ele fez que me deixou boquiaberta.
No fundo, bem lá no fundo, essa que vos escreve, acredita sim, mesmo que em filmes, que aqui se faz, aqui se paga.
Alguma dúvida?
Deus me defenda da sua macumba... e de certos jornalistas.