Sabe quando você acha uma carta datada de 1999 e percebe que decorridos mais de 10 anos, muitas coisas continuam iguais dentro de mim e que agora é hora de acordar, de uma vez por todas e ser, estar corajosa para o que der e vier?
Assumir-se, assumir quem está ao meu lado.
Assumir que o passado já foi, já era e que, graças a Deus, eu tenho ainda chance de fazer um novo caminho: mais solidário, menos solitário...
Conto com vocês, conto comigo principalmente.
Amém.
Me fez lembrar da história do espelho que ela me ensinou e que parece bobo, mas não é: olha-se no espelho e diga fortemente o que você quer, o que você não quer.
Dá certo...basta perder o medo de ver a alma com tudo o que vem junto: as melhores e piores coisas.
É difícil se olhar, né?
É mais fácil ver o mundo ao redor e não olhar para dentro, bem para dentro, sacudir-se inteira, ser parte e não metade.
Mas toda dor passa.
Fazer, como o Di disse, um amontoado de boas memórias. Lembrar das viagens, da Índia, da Turquia, das pessoas que eu abracei, das sensações, do México, da Alemanha, dos prados, das flores, do sol forte, do mercado.... retirar o que dói e dar-se a liberdade de colocar o que é bom. Tudo que move é sagrado...