Gente, esse blog é uma delícia de ler. Não sou mãe, não sei se quero ser. Confesso que as histórias bem-humoradas das mães me deixam menos tensa com toda essas coisas que passam na minha cabeça em relação a ter filho(a)... coisas do tipo: "pelo amor de Deus, vejam as crianças de hoje com Iphone. E já malhando com 7 anos. E já querem festa no Hopi Hari com 2 anos de idade, sabem as trendy fashion marcas de roupas. Tem Ipad, Ipod, Itunes, mas nenhum limite... E se ele ou ela for Maria vai com as outras? E se for briguento como a mãe? Deus, Deus, faça então puxar tudo do pai, por favor, por favor. Quer dizer, não tão passivo yoga zen assim. Melhor: pode até ser, mas nem tanto porque o instinto iogue samurai do meu marido é muy belo, mas chega a dar voltas no meu estômago once in a while."
O grau de zen chega a tanto que na nossa última viagem aos Estados Unidos, eu estava no hotel, assistindo TV e ele no trabalho. De repente, umas mensagens do nada apareciam na TV e eu percebia que o dia já tinha virado noite, que as árvores pareciam que iam sair do lugar. Sim, eu estava no meio de um tufão que poderia chegar a qualquer momento.
A mensagem dizia: "warming,warming, you are in dangerous area. Look for a safe place. Look for a safe place."
O grau de zen chega a tanto que na nossa última viagem aos Estados Unidos, eu estava no hotel, assistindo TV e ele no trabalho. De repente, umas mensagens do nada apareciam na TV e eu percebia que o dia já tinha virado noite, que as árvores pareciam que iam sair do lugar. Sim, eu estava no meio de um tufão que poderia chegar a qualquer momento.
A mensagem dizia: "warming,warming, you are in dangerous area. Look for a safe place. Look for a safe place."
Tipo, what a fuck?
Safe place?
Eu não vi nenhuma safe place por aqui.
Eu só sentia meu estômago revirando, a dor de cabeça a ponto de estourar também e "ah vá" que eu tinha algum meio de comunicação com ele... magina.
Para que um telefone. amor, ele disse... Tem o carro e se precisar, vai lá na empresa e me procura. Quando eu fui, ninguém o achou e sonha que eu poderia entrar lá no meio da planta e perguntar: "hi, do you know Mister Fischer, the engineer from Germany?"
Para que um telefone. amor, ele disse... Tem o carro e se precisar, vai lá na empresa e me procura. Quando eu fui, ninguém o achou e sonha que eu poderia entrar lá no meio da planta e perguntar: "hi, do you know Mister Fischer, the engineer from Germany?"
Aí sim ele ficaria p. Algumas coisas deixam o Di p. da vida, mas não muitas: uma delas seria entrar no meio do trabalho dele, mais especificamente dentro de uma planta enorme de alguma indústria enorme, com um bando de gente enorme... como nos Estados Unidos.
Anyway, decorridas 6 horas de puro êxtase, ele chegou e eu dentro do armário. Oras, sempre foi um lugar seguro na minha vida e com o Ipod em mãos , recebendo mensagens de calma aí, vai dar tudo certo pelo facebook. Dentro do armário e com o Ipod nenhum Tufão poderia me levar. O dentro do armário não deixa de ser uma metáfora, hein?! Oh mundão de gente que sempre fica dentro do armário... Entenderam?!
-Di, Di, pelo amor de Deus, quase teve um tufão aqui e você nem ligou. Nada.
Ele me olhou, deu aquela risada indefectível e disse:
-Mas Ka, se você já tivesse morrido, de que adiantaria eu ligar?!
Com razão.
Não satisfeito, continuou:
-Mas olha só: tocou uma sirene lá e nos mandaram para os banheiros e tinha um árabe lá que ficou de cócoras no chão e começou a dizer alá, alá. Eu juro que rezei com ele, mas em silêncio. Rezei para não acontecer nada.
Quieto.
-Para você, lógico!
Quieto.
-Para você, lógico!
Pois é, e aí volto na história do filho. Um filho dele seria no mínimo instigante: poderia nascer na Turquia, na Índia, na Indonésia, na China. E caso ele não estivesse junto ou eu não estivesse junto com ele, temos o que, hein, hein?!
Skype!
Skype!
E fui eu quem mencionei o lance do Skype achando que ele perceberia o drama, mas ele riu e disse que tem Vimeo também.
Pois então, filho é algo non sense.
Perder então... Não perder...
Mas por todos os lados o que vejo?
Mães, filhos, carrinhos. Não há um lugar no Mundo onde eu não veja a profusão de pequenos seres com suas risadas, gritos e a baba caindo pela boca. O mais importante e intrigante são as mães que perdem completamente qualquer tipo de nojinho, passando a mão mesmo na baba e continuam conversando com você como se aquilo fosse a coisa mais normal do mun-do. E eu já escrevi sobre isso. Leiam AQUI.
E aí leio uma das postagens do blog MINHA MÃE ME DISSE e rio, identifico a minha irmã que já está famosa pra caramba.
"E eu só conseguia pensar que ser mãe te trás um autocontrole
incrível, porque em qualquer outra situação eu já teria partido para
cima dele, até porque, eu estava desesperada, com medo, e sem saber o
que a minha filha havia engolido.
Mas mãe que é mãe surta, grita, da aloka, e depois chora no banheiro. Se culpa porque justo naquele momento que foi checar o facebook
a filha resolveu engasgar, se culpa porque pode ter sido um botão que
sumiu, se culpa porque deveria ter levado em outro pronto socorro, e se
culpa porque não bateu no plantonista..."
(Fonte: DAQUI )
(Fonte: DAQUI )
Minha irmã pura, elazinha...
Lembro de quando fui com ela ao médico de pressão com o muleque (estou preservando o nome do meu sobrinho) e a, tadinha, se culpando pela pressão alta. Fiquei com ele no meu colo, tão pequenininho, tão lindo, um tipo de amor que é impossível explicar (ela disse a minha Tia Ana que gostaria de saber como é esse amor que tia sente por sobrinho, mas como parece que preciso trabalhar - e muito- essa ideia em minha cabeça, sente então, algo parecido, pela nossa prima mais nova).
Enquanto isso, ela conversava com o médico e eu me apaixonando mais e mais, o coração quase pulando. E aí ela apareceu com os olhos inchadinhos e contando que o médico lhe disse que mulher já nasce com a culpa tatuada no rosto.
Certos homens sabem de muitas coisas. Outros, fazem de conta que não sabem e outros, realmente, não sabem absolutamente nothing at all.
Lembro de quando fui com ela ao médico de pressão com o muleque (estou preservando o nome do meu sobrinho) e a, tadinha, se culpando pela pressão alta. Fiquei com ele no meu colo, tão pequenininho, tão lindo, um tipo de amor que é impossível explicar (ela disse a minha Tia Ana que gostaria de saber como é esse amor que tia sente por sobrinho, mas como parece que preciso trabalhar - e muito- essa ideia em minha cabeça, sente então, algo parecido, pela nossa prima mais nova).
Enquanto isso, ela conversava com o médico e eu me apaixonando mais e mais, o coração quase pulando. E aí ela apareceu com os olhos inchadinhos e contando que o médico lhe disse que mulher já nasce com a culpa tatuada no rosto.
Certos homens sabem de muitas coisas. Outros, fazem de conta que não sabem e outros, realmente, não sabem absolutamente nothing at all.
Ela também é a médica da família. É Química, mas se ela vê um fio de cabelo, do nada, caindo no seu ombro, danou-se.
-Ah, tem que ir a dermato, por favor.
-Eu estou avisando.Vai brincando com essas coisas.
-Olha, faz esse exame que é tiro e queda....
Ah, essa irmã... Se não fosse essa irmã e esse marido e essa família que eu amo. Ai, vou vomitar!
Só achei a coisa mais linda o último e-mail que ela me enviou, mesmo na correria de mãe, esposa, a detalhista, estudando, pesquisadora, seguidora do Doctor House, leitora de livros muito, muito chatos, etc.
Ela escreveu, depois de troca de dicas de produtos para cabelo, pele, de fotos, vida:
"Eu uso um óleo de argan muito bom, o moroconoil... ele é caro, mas é
tuuuudo de bom... deixa o cabelo hidratado e sem ficar pesado... tão bom falar de coisa de mulherzinha... só com vc eu faço isso!"
Pronto: me sissi forever!
Não é para ter um site inteiro só para ela?!
E para o Di também.
P.S: No dia seguinte, Di foi até o gerente e perguntou sobre a área de segurança. Voltou para o quarto e disse: não tem.
Eu perguntei: o que eu faço então, Deus do Céu? Ele respondeu...
Calma, estão preparados.
Sim?
Certeza?
Eu perguntei: o que eu faço então, Deus do Céu? Ele respondeu...
Calma, estão preparados.
Sim?
Certeza?
-Ka, ou você vai para o armário ou vai pra banheira e fica lá rezando alá, alá porque parece que dá certo.E não se esqueça: eu te amo.