Depois de tomar uma taça de vinho (sic), uma caneca de café, estou MEIO bêbada...Eu preciso bem pouco... Com bem pouco eu rio, eu me alegro, eu canto até Ilariê, mas estava pensando nos 34 anos porque hoje (ou melhor, esses anos todos, desde que fui concebida) tem sido uma eterna dúvida ser ou não ser, ter ou não ter, fusca ou Mercedes, alemão ou brasileiro, champanhe ou cerveja e por aí vai....
E hoje então, foi aquele dia que aconteceu uma coisa, ou um toím atrás do outro.
Tipo, mulheres sérias, politizadas, aplicando reiki, ora recebendo ora aplicando e uma delas disse que gostaria de ter mais desenvoltura para falar,etc e tal e o que sai dessa boca, o que, me digam, o que?
Calma, porque eram tipo 10 hrs da manhã e antes de eu falar isso, uma delas disse que eu a rememorava de como ela era: sem filtro para falar. Se isso é um elogio ou algo a mais, ficaremos, eu e todas as pessoas dentro de mim, em dúvida.
Mas o que eu falei?
O que?
O que eu disse para todas: " gente, tudo é difícil na primeira vez. É que nem sexo..."
sabe aquele silêncio.
Não, você não sabe.
Porque se o Di estivesse lá, ele riria e diria algo tipo pior ou melhor...
Mas gente, eu, eu ,querendo dar conselho para mulheres que são doutoras, que já tem filhos crescidos, em Universidades, estudadas, falando de florais de bach da Califórnia e eu lá achando que as plantas ou as flores vinham da Califórnia.
Pois bem, eu consegui.
Palmas, Oscar.
E o Di ri, ama, adora... Duas crianças em um eterno playgroung. Mas você acha que acabou nisso?
Não.
Karina never can´t get satisfaction but i Try and I try....
Mas deixa... Amanhã tem corrida. 5h30 da manhã. E você chega para almoçar e todos dizem: "ah, te vi correndo hj de manhã pela rua com uma cachorrinha esbaforida..." (a preta é uma idosa que tem viagra correndo no sangue porque eu não sei,mas ela não se entrega: é brasileira!)
E você pensa: "jesus, eu me jogo no chão, eu me bato?"
Porque correr é algo bem particular. Eu fico bem vermelha, eu tenho peitos. Eu sou uma mulher de peito.
Mas enfim, mas enfim...
Deixa ela dizer, deixa....
Boa noite que a minha cota foi, mas viver e não ter a vergonha de ser feliz... e dane-se o maldito carnaval: achei que a série a Sereia ia matar todas as cantoras de axé. não foi o que aconteceu!
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34
Leio no Facebook as primeiras mensagens de "Feliz aniversário" e a
mensagem privada perguntando onde vai ser a comemoração e me pergunto:
"como cheguei aos 34 tão depressa?". Não sei. Só sei que esses 34
voaram. Eu pisquei e estava com 30, pisquei de novo e cá estou.
Lembro-me de ter brincado muito aos 24 dizendo "daqui um ano terei um
quarto de século". Daqui um ano terei 10 anos a mais que um quaro de
século. Só não calculo a relação entre 100 e 35 porque bem, sou
professora de inglês, se manjasse de matemática estaria sendo uma
engenheira ou coisa assim. (desculpinha)
O pior dos 34 não é a disposição cada vez menor, a paciência cada vez
menor, a maturidade, as rugas mais evidentes, vasinhos nas pernas mais
estourados e os peitos mais caídos. O pior dos 34 é sentir-se com 29.
Não me sinto com essa idade toda. Minha referência de 34 anos é mulher
já estável na vida e com filhos. Que estabilidade uma professora
particular tem? Filhos só daqui 2 anos no mínimo por causa do câncer.
Nem que eu queira agora posso engravidar.
Minha mãe com a minha idade já era minha mãe há 11 anos. E já tinha o
meu irmão há um ano. Eu me lembro claramente da minha mãe com a minha
idade. Ela era uma mulher. Com responsabilidades enormes, gigantescas.
Ela não estava fazendo as mesmas brincadeiras que fazia aos 25. Não
estava pensando em sair pra dançar com o marido e amigas no
fim-de-semana. Eu estou pensando nisso. Penso também que precisarei
dormir à tarde no sábado para aguentar ir até de madrugada, mas isso é
nada.
A impressão que tenho é que como estamos vivendo mais, estamos deixando
pra envelhecer depois. Mentalmente, eu digo. Porque fisicamente a
ladeira está lá, só levando minha carcaça pra baixo. Mas mentalmente eu
tô tchutchuca ainda. Sabem? E nem me venham com a ladainha de "idade é
coisa de cabeça" e "o que importa é que você aproveite a vida".
Preguição.
Então tô aqui, balzaca, sem a menor possibilidade de engravidar agora,
ou plantar uma árvore, ou escrever um livro, ou comprar uma casa, todas
coisas que todos dizem que enobrecem a alma e nos tornam mais maduros.
Sinto-me jovem ainda, jovem ainda. Mas consigo sentir também o peso da
idade. Queria ter meus 29 de novo. O frescor dos 29. Com menos rugas e
mais chance de poder comer brigadeiro no dia do aniversário sem culpa
nenhuma. 29 e a vida que tenho hoje. Não seria nada mal.
(http://i-misbehave.blogspot.com.br)