quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Para Duda Mendonça: entre por essa porta agora e dê um jeito nisso tudo!

Cansada...
Quero meu cabelo de volta.
Mas ele não quer voltar.
Por que essa mania de cabelo liso, formol, cabelo até o bumbum?
Por que?
Tão mais prático ter cabelo curtinho ou chanelzinho e com cachos domados. Cachos, cachos só para você que faz hidratação toda semana, corta as pontinhas, mas enfim está meio over.
Fui a única loja, que o diga lugar, que tem escada rolante em Sanca City e mostro a foto da escova. Ela começa a me mostrar várias: para ativar isso, ativar aquilo, para deixar bem liso, para os  iôns.
What a fuck, man?!
Eu não quero meu cabelo liso.
O Duda não quer mais.
O Duda é chique, o Du vai para um resort na Bahia, o Duda tem mais de 100 pares de sapatos do Fernando Pires, o Duda tem dois perfis no facebook, o Duda é drag queen, o Duda fala inglês, o Duda pode me chamar de tudo, mas ele disse: "ai, só na sua cabeça é que está feio..."
Sim, na minha cabeça.
Na minha mente porque todo mundo olha e pergunta: onde, como, quem?
Mas o lance é fazer a tal franja.
Sim, caros e caras, a franja tem que ser lisa e atrás uma coisa meio "sou chique,invento moda, sei que está um arraso e tipo fiquei  5 minutos arrumando...".
Mas tem que secar e meu secador caiu no chão.
O meu veinho quebrou. Funciona. Quebrou na verdade um pininho que eu nem sei bem ao certo para o que servia, mas o calor que tinha antes já elvis. E eu descubro com a moça que tem nome de cidade que eu não se seca franja sem que haja calor.
Oras, why not?
Ela me olha  e diz:
-"Oras, é o calor e a escova que fazem o cabelo alisar..."
E eu fico no meio da loja.... eu era tão feliz sem saber tudo isso.
Tão feliz.
Mas eu não comprarei nada enquanto não decidir se conserto o secador, compro a escova, faço algum doma leão ou durmo... ai, ai...
Tipo, estou escrevendo tudo isso para desestressar porque é tanta coisa para ler, aula para preparar, casa para arrumar... a gente adora se fazer de ocupado, né?!
Já percebeu?!
Todo mundo sempre está ocupado e é crime ficar na piscina, tomar um sorvete... Produzir, produzir mesmo que seja ...enfim!
E alicate... sim, também tem a história do alicate.
Você compra um alicate, mas ele não vem "amolado". Você ainda compra e não está amolado.
Amolado é uma palavra bem estranha.
Me lembra não me amole.
Será que alicate é amolado?
Não sei...
Estou sem tempo de googar.
Enfim, é isso.
Se eu raspasse o cabelo tipo a Sinéad O`Connor, estaria tudo melhor.
Mas tem pedicure, manicure, depilação, sombrancelha, pintar, cortar, hidratar, tem o blush e tudo o que eu quero saber é da piscina, da margarina, da Carolina.... saber de mim!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

"Porque mulher é ser desdobrável. Eu sou." A. Prado

havia uma pedra no começo do caminho
no começo do caminho havia uma pedra
bem lá no começo
e eu, meio pálida, meio cega, sem ainda saber  se usar o tato, o faro ou o silêncio só me lembrava e achava que via e tinha uma pedra no começo do caminho.
no começo do meu caminho tinha uma pedra.
tinha uma pedra no começo do meu caminho
nem grande, nem pequena, nem média
e será que era mesmo uma pedra?
e será que estava no começo do caminho?
não estaria no meio como o poeta escreveu?
ou no final do caminho?
mas como já disse, pálida e cega, ficava difícil de saber
mas havia algo e estava no meu caminho.
eu parei, eu fiquei prostrada por horas, horas que viraram anos, que viraram séculos ou pareciam anos, pareciam séculos...
quando o sol bateu forte, bem forte no caminho, eu vi um espelho e percebi então que eu era a pedra.
eu era!
não mais!
(por Karina Petroni Fischer)

Mães de brigadeiro ou só para quem pode?!

 
 
 
Mães de brigadeiro ou só para quem pode?!
por Karina Petroni Fischer

Acordou mais cedo ainda- mais do que o habitual já que o mais novo integrante da casa estava, como sempre, chorando. Pois é, quando tinha se desacostumado com barulhos infames, reaprendido a dormir, notou que algo tinha atrasado e não era a conta de telefone, nem a da água.
Pois então, ela casou e seguiu a linha evolutiva que toda uma geração de mulheres seguiu, inclusive as que queimaram o sutiã ouvindo Janis Joplin. Acontece que, ironicamente, ela desde que seguiu a tal da linha evolutiva, todo dia era dia de rock and roll, baby, mas sem goró, óbvio (“you can´t always get what you want”).
Enfim, ela, mais uma vez, como tantas outras responsáveis pela casa, pelo trabalho, jornada dupla, por estar em dia com a pedicure, manicure, Papanicolau, o cuidado com o sódio, não aprendeu a lição básica e danou-se. “Tô grávida, grávida de...” . Não, não era de um beija-flor, mas do cara que ela jurou amor eterno, mas na hora esqueceu-se de um contrato de divisão de tarefas o que, ultimamente, achava que todo casamento deveria ter. Tipo assim: “prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. E lavar a louça que usei, não deixar as roupas largadas no chão, cuidar das crianças para você poder sair com suas amigas, abaixar a tampa da privada e também me responsabilizar pelo controle de natalidade...”
E as provas estavam todas lá. Um legista forense teria muito trabalho: a prova do crime gritava e o choro era tão doído que dava a impressão que só com 3 meses de idade, ele tinha perdido o grande amor da vida. Nessas horas (quase sempre), ela, tentando manter a pose e o orgulho, dizia:
-É meu filho, gente ! E nem fui eu quem ensinei a chorar assim.
Pois é : já tinha perdido a noção, perceberam?! Justo ela que era tão cuidadosa com as palavras, tinha tanto nojinho e agora estava na onda do papo de mãe. Sim, você já deve ter ouvido que mãe perde todo e qualquer tipo de noção que se possa ter. Pode debater horas sobre a textura do cocô enquanto degusta uma taça de creme de abacate e não sente nojo! Ou sair toda “golfada” do fraldário de um Shopping Center porque mãe perde a capacidade de pensar e sempre se esquece de colocar uma camiseta limpa para ela na bolsa do bebê.
Uma vez, quando ainda não era mãe, viu uma conhecida saindo da praia. Riu ao lembrar-se que procurou o caminhão da Graneiro por lá. Caixa de isopor (tamanho geladeira), umas quatro bolsas, sombrinha, cadeiras, baldes, piscininha (maldita a pessoa que inventou aquilo), isso, mais um pouco e ainda faltava o filho! E a história se repetia com ela: a vida como ela é.
Como assim, céu de brigadeiro, padecer no paraíso, minha gente? Toda aquela emoção, principalmente no facebook,  onde sempre, sempre todas estavam impecáveis, sorridentes, crianças limpinhas e cordas. Ninguém chorava, ninguém teve depressão pós-parto? Ninguém achou estranho que o segundo não era nem um pouco mais fácil do que o primeiro?!
WAF, pensou?!
Sou a única?!
Sim, tinha certeza de que algumas amigas eram mães de brigadeiro, flores para suas princesas ou príncipes, mas o que irritava, de verdade, eram as conversinhas paralelas, principalmente das que usavam justificativas esdrúxulas para tornarem- se mães. Tipo, filho como salvação.
"-Oh fofa, filho não é salvação da alma, nem meio de amadurecer ou sanar maus comportamentos ou sentimentos. Filho é para quem pode e está preparado. E aí, topa ficar com o Júnior aqui e cancelar suas viagem para Miami?"
Mas nunca falava. Entoava o OM, o mantra e sorria.
O único descanso que tinha tido em 4 semanas foi quando estava brincando de faroeste com os filho mais velho e os amiguinhos dele ( rodízio de mães) em uma pracinha e caiu no chão, se fez de morta. MORREU!
Uma senhora veio toda preocupada, chegou perto dela, tocou levemente o ombro e ela, baixinho, bem baixinho, disse:
-Pelo amor de Deus, deixe eles imaginarem que eu morri por alguns minutos só para eu descansar. E não me julgue, por favor.
E tornou a fechar os olhos enquanto os moleques comemoravam a "morte" da presa.
Enfim, padecendo ou não padecendo, queimando ou não sutiãs, tinha um serzinho que precisava dela e só.
Levantou da cama quentinha, pegou o filho. Enfim, era só fome. Não era febre, nem cólica. Obrigada, Deus! E deu aquela piscadela para cima. E gemeu de dor no bico do peito.
E se... seria sempre inevitável... Talvez, porque sempre preferiu a lisura da honestidade que
levava indiscutivelmente a eterna dúvida.
 
 


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Dr. Augusto Fauvel hoje na TV JUSTIÇA

Dr. Fauvel,  novamente nomeado para Presidente da Comissão de Direito Aduaneiro da OAB/SP, lançou recentemente no salão nobre da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em São Paulo, como co-autor, o livro Temas atuais do Direito Aduaneiro Brasileiro e Notas sobre Direito Internacional (volume 1)  em São Paulo, que tem como algum dos objetivos “dirimir dúvidas que rondam os contribuintes sobre a importação e exportação de bens e serviços, e que permita, de forma preventiva, a sua utilização como importante instrumento prático para advogados, despachantes aduaneiros, contadores, assessores jurídicos ligados à área de importação e exportação de empresas, para nortear a solução de questões aduaneiras e tributárias, seja na esfera administrativa ou judicial”, escreve Demes Britto, coordenador do livro.

 
Alem disso, hoje, dia 06/02/2012, Dr. Fauvel, concederá uma entrevista às 21h30, horário de Brasília, na TV Justiça,  no Programa TV Justiça Federal Via Legal, com o tema: "A Não incidência do IPI na importação realizada por pessoa física para uso próprio".
Vale ressaltar que Dr. Fauvel recentemente ganhou uma causa em prol do ex-piloto Nelson Piquet justamente relacionada a cobrança indevida do IPI em uma importação realizada pelo mesmo.
O direito aduaneiro é o de disciplinar os controles de entradas e saídas de veículos, pessoas e mercadorias, de acordo com os tratados internacionais, firmados pelo ordenamento pátrio, e, ainda, ter o cuidado de atender aos interesses nacionais de intervenção na política de interna e externa de comércio exterior. Sob a ótica jurídica, seria composto pelo conjunto de normas internas aplicáveis às importações e exportações, assim como pelos tratados internacionais, devidamente reconhecidos, sobre comércio exterior.
Não percam...
Temos que entender, por mínimo que seja, de tudo. Para conversarmos, porque esse assunto é novo no Brasil, mas o direito aduaneiro fica cada vez mais próximo de nós ecarlense nos representando pelo Brasil. Motivo de orgulho!
 




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

sinônimo de mulher "trabalhadeira" era dizer: "ai,amiga, já botei as roupa pra lavar, já fiz a mistura, passei no mercado, passei as roupa, lavei a frente de casa. ai,amiga, graças a Deus. "
vai dizer isso hoje em dia...
Ser dona de casa, lavar uma "ropa" é como ficar pelada e ainda  pegar um chicote e se bater.
O lance é não ter tempo... nunca ter tempo, é amar o trabalho, é ter uma assistente ( não se usa empregada doméstica), é ter um carro que parece um tanque de guerra (bem, com os buracos dá para entender!), é fazer pilates, ter um personal, não ter tempo de novo... nem ver o sol nascer nem o sol se pôr porque os óculos esculos ocupam quase a face inteira.
Bons tempos que ser simples era tão simples!
ah, tô fora.
prefiro um bom tanque e ,certamente, uma boa pegada!

até que a morte nos separe!

E meu marido continua na sua batalha  hulkiana que eu tenha e aprenda a lidar com todos os aparelhos eletro eletrônicos do mundo que ele e eu percorremos: já tivemos aquele Ipod grande, tivemos o Ipod que é diferente, o Ipad 1, 2 e agora o 3 (ou o 4?!), também comprou um relógio para eu usar para melhorar minhas performances na corrida. também temos uma iogurteira, uma máquina de fazer pão, um vaporizador porque sofro de rinite e sinusite. Também temos um laptop, um computador... e ele fica muito, mas muito feliz quando me dá essas coisas... ele esconde e pede para eu achar. eu faço cara de feliz, eu faço tipo ai,to amando, mas eu vejo, olho e ele sabe bem lá no fundo que eu ia amar muito, muito mais entradas para o hopi hari.
é, a vida é cruel.
mas eu aceito que ele curte salve jorge.
sinto então, bem lá no fundo, que estamos quites!

34.... e tudo o que vem junto!

Depois de tomar uma taça de vinho (sic), uma caneca de café, estou MEIO  bêbada...Eu preciso bem pouco... Com bem pouco eu rio, eu me alegro, eu canto até Ilariê, mas estava pensando nos 34 anos porque hoje (ou melhor, esses anos todos, desde que fui concebida) tem sido uma eterna dúvida ser ou não ser, ter ou não ter, fusca ou Mercedes, alemão ou brasileiro, champanhe ou cerveja e por aí vai....
E hoje então, foi aquele dia que aconteceu uma coisa, ou um toím atrás do outro.
Tipo, mulheres sérias, politizadas, aplicando reiki, ora recebendo ora aplicando e uma delas disse que gostaria de ter mais desenvoltura para falar,etc e tal e o que sai dessa boca, o que, me digam, o que?
Calma, porque eram tipo 10 hrs da manhã e antes de eu falar isso, uma delas disse que eu a rememorava de como ela era: sem filtro para falar. Se isso é um elogio ou algo a mais, ficaremos, eu e todas as pessoas dentro de mim, em dúvida.
Mas o que eu falei?
O que?
O que eu disse para todas: " gente, tudo é difícil na primeira vez. É que nem sexo..."
sabe aquele silêncio.
Não, você não sabe.
Porque se o Di estivesse lá, ele riria e diria algo tipo pior ou melhor... 
Mas gente, eu, eu ,querendo dar conselho para mulheres que são doutoras, que já tem filhos crescidos, em Universidades, estudadas, falando de florais de bach da Califórnia e eu lá achando que as plantas ou as flores vinham da Califórnia.
Pois bem, eu consegui.
Palmas, Oscar.
E o Di ri, ama, adora... Duas crianças em um eterno playgroung. Mas  você acha que acabou nisso?
Não.
Karina never can´t get satisfaction but i Try and I try....
Mas deixa... Amanhã tem corrida. 5h30 da manhã. E você chega para almoçar e todos dizem: "ah, te vi correndo hj de manhã pela rua com uma cachorrinha esbaforida..." (a preta é uma idosa que tem viagra correndo no sangue porque eu não sei,mas ela não se entrega: é brasileira!)
E você pensa: "jesus, eu me jogo no chão, eu me bato?"
 Porque correr é algo bem particular. Eu fico bem vermelha, eu tenho peitos. Eu sou uma mulher de peito.
Mas enfim, mas enfim...
Deixa ela dizer, deixa....
Boa noite que a minha cota foi, mas viver e não ter a vergonha de ser feliz... e dane-se o maldito carnaval: achei que a série a Sereia ia matar todas as cantoras de axé. não foi o que aconteceu!
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34

Leio no Facebook as primeiras mensagens de "Feliz aniversário" e a mensagem privada perguntando onde vai ser a comemoração e me pergunto: "como cheguei aos 34 tão depressa?". Não sei. Só sei que esses 34 voaram. Eu pisquei e estava com 30, pisquei de novo e cá estou. Lembro-me de ter brincado muito aos 24 dizendo "daqui um ano terei um quarto de século". Daqui um ano terei 10 anos a mais que um quaro de século. Só não calculo a relação entre 100 e 35 porque bem, sou professora de inglês, se manjasse de matemática estaria sendo uma engenheira ou coisa assim. (desculpinha)

O pior dos 34 não é a disposição cada vez menor, a paciência cada vez menor, a maturidade, as rugas mais evidentes, vasinhos nas pernas mais estourados e os peitos mais caídos. O pior dos 34 é sentir-se com 29. Não me sinto com essa idade toda. Minha referência de 34 anos é mulher já estável na vida e com filhos. Que estabilidade uma professora particular tem? Filhos só daqui 2 anos no mínimo por causa do câncer. Nem que eu queira agora posso engravidar.

Minha mãe com a minha idade já era minha mãe há 11 anos. E já tinha o meu irmão há um ano. Eu me lembro claramente da minha mãe com a minha idade. Ela era uma mulher. Com responsabilidades enormes, gigantescas. Ela não estava fazendo as mesmas brincadeiras que fazia aos 25. Não estava pensando em sair pra dançar com o marido e amigas no fim-de-semana. Eu estou pensando nisso. Penso também que precisarei dormir à tarde no sábado para aguentar ir até de madrugada, mas isso é nada.

A impressão que tenho é que como estamos vivendo mais, estamos deixando pra envelhecer depois. Mentalmente, eu digo. Porque fisicamente a ladeira está lá, só levando minha carcaça pra baixo. Mas mentalmente eu tô tchutchuca ainda. Sabem? E nem me venham com a ladainha de "idade é coisa de cabeça" e "o que importa é que você aproveite a vida". Preguição. 

Então tô aqui, balzaca, sem a menor possibilidade de engravidar agora, ou plantar uma árvore, ou escrever um livro, ou comprar uma casa, todas coisas que todos dizem que enobrecem a alma e nos tornam mais maduros. Sinto-me jovem ainda, jovem ainda. Mas consigo sentir também o peso da idade. Queria ter meus 29 de novo. O frescor dos 29. Com menos rugas e mais chance de poder comer brigadeiro no dia do aniversário sem culpa nenhuma. 29 e a vida que tenho hoje. Não seria nada mal.
(http://i-misbehave.blogspot.com.br)

sábado, 2 de fevereiro de 2013

No meio do caminho...

A poesia é Universal, as pedras idem.
Emocionada com o som das palavras, emocionada que todos temos pedras no meio do caminho...
Drummond é do Mundo.
Eu também!