terça-feira, 31 de julho de 2012

Invejinha...



Veja só esta foto: deitado na caçamba de uma Pick Up, sem camisa, com os pé prá cima, ao lado de duas garrafas de cerveja vazias e uma lata de óleo. Foda !
Na "boutiqui".
Descobri que o quente é tirar foto sem flash, e no escuro!
Isso sim é trendy.

eu só quero photoshop...

Uma fotógrafa me contou que até para pessoas lindas, top Gisele, normalmente são usados 75 photoshops. Marca de vacina, arranhãozinho, sardas, espinhas etc.

Não fuja...

Você está sentada, esperando alguém chegar, sua vira lata está junto.
Você olha para o nada....
De repente, um carro para. Você olha, não reconhece a pessoa, mas ela te reconhece.
Durante anos , mais precisamente dois anos, você imaginou se por algum instante, minuto, milésimo, Essa pessoa que poderia tanto ter te ajudado, cuja filha foi sim uma de suas melhores amigas de adolescência. Você imaginou por 2 anos e meio se em algum momento pensaram na injustiça que foi feita, mas você tem aquela certeza absoluta que não...
Quanto tempo dese a última vez que você viu a grande professora, a mestra, la dona?
Sim, ela te viu muito, muito diferente.
E hoje ela me viu sentada, calma, quieta, trocamos palavras triviais, sem precisar de nada... e aí eu percebo que um ciclo chegou ao fim.
Tem que chegar ao fim.
Outros ainda se fecharão, mas esse infelizmente se fechou.
Mas eu me sinto perdoada por mim.

Mimimiiiiiiiiiii

Penso em forma de posts.
Hoje, estou sem a mínima vontade de pensar, tamanha a quantidade de coisas a serem feitas.
Não era bom quando não tínhamos listas e mais listas do que fazer, resolver...
Simplesmente, íamos a escola, assistíamos as aulas, almoçávamos,  vimos um pouco de TV, fazíamos a tarefa de casa, brincávamos ou íamos ao clube e então, tomar banho, jantar e dormir.
Agora não: a vida é uma infinidade de listas, de listas que não tem fim.
Até em hotéis você encontra aqueles caderninhos de anotação limpinhos, limpinhos e em cima escrito: TO DO LIST.
Lamentável, lamentável.
Fui a médica. Cheguei lá e a secretária enviou e-mail para o endereço eletrônico do Di para confirmar ou não a consulta. Esperei dois meses pelo retorno, tinha achado o máximo esse lance de se falar por email, a consulta custa os olhos da cara e não se telefona? Agora, acho meio sei lá...
E se eu não respondi, beleza, então ela não vem mesmo coloco alguém da lista... Lista essa que tem , "mais ou mena", 50 pessoas.
Pra que se importar?
Fiquei arrasada, arrasada.
Agora, elas verificarão um outro horário para mim e me enviarão outro e-mail. Devia ter dado o da minha irmã que é poderosa com a memória e com listas. Minha irmã é um soldado de guerra e eu a vejo e me pergunto: como consegue, como consegue?!
Fuhrer total.
Ela sim.
O Di não lembra nem quando nasceu e eu fui logo deixando o email dele.
Mas também deixei o meu,m as eu já estava tão grogue devido a um remédio que tomei para ânsia de vômito que achei melhor tipo aceitar e pensar que, por um tempo, economizei o valor da consulta que não é bolinho não.
Enfim, hoje estou de saco cheio, com dor de cabeça...
E as coisas  vão se avolumando.
Esse mundo ocidental, esse mundo ocidental cheios de  carros, ou melhor, picapes na rua me enoja. O jeito como fatiam a mussarela e o presunto na padoca tb. Que nojo. Minha vontade...
Ah, pra que brigar, despender energia?
Fica calma, fica sussa porque  só amanhã tem jogo de futebol.
Voilá, pelo menos hoje É O DIA DO ORGASMO.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Débora falabella ou Rita ou Nina com sua filha... Nina.
Duas lindas.
Ah, a simplicidade faz coisas loucas quando se tem talento.

Thelma, Louise e Satre: what?

Inevitavelmente, toda essa discussão (AINDA) sobre telefonar ou não, fazer ou não fazer, transar ou não, veja então as mesmas questões da época da nossa tataravó, me fizeram rememorar o filme belíssimo, em todos os sentidos, Thelma e Louise.
Filme antigo, mas que na época causou um grande tumulto nos jornais (e mesmo assim continuamos com a mesma cabeça oca), principalmente na cena derradeira onde as duas tem que decidir se voltam a vida de antes de terem ido de encontro a algo maior do que aquilo já acostumadas e que as deixava infeliz ou simplesmente iam em direção ao desconhecido.

De acordo com o blog da Revista Parâmetro, no filme “Thelma e Louise” há vários fragmentos que se relacionam com a filosofia de Sartre e a questão da liberdade, o determinismo, a má fé, os obstáculos, os valores, porém, o foco neste texto será apenas no que se refere a relação entre a liberdade sartreana.
O impulso das personagens para um final de semana de aventuras é única e exclusivamente a escolha de vivenciar momentos através de outra perspectiva.
A condição do agir é a liberdade e Sartre fixa a liberdade na essência do homem.
Quem nega a liberdade afirma que o homem é determinado por sua natureza, por sua natureza concreta, ou seja, que este homem a conceba como sua estrutura psíquica, como o inconsciente freudiano, quer como o homem dominado pela sociedade em que vive, pela estrutura econômica de tal sociedade ou como qualquer outra coisa.
A frustração e o tédio do casamento, relacionamentos conturbados e uma vida vazia é apenas um enredo dentro da vida daquelas mulheres (Thelma e Louise) que, dentro de suas limitações, procuram uma solução alternativa para a superação de seus “fantasmas”.
O cansaço torna-se um motivo para que elas abandonem as atividades costumeiras, sendo mais importante o conforto do que o empenho em levar a termo uma ação iniciada.
Acabam assim, contribuindo para que um obstáculo se torne intransponível dependendo do fim que se propõem e do valor que atribuem a esse fim.
Quando Sartre nos fala sobre significações, o homem pode transformar alguns obstáculos em superações, mas, além disso, o mais importante talvez seja um projeto de vida construído com os alicerces de nossas melhores escolhas.
Até aqueles que possam admitir o determinismo, devem admitir que exista uma impressão (uma ilusão, segundo Sartre) de escolher, isto é, de decidir com base em determinados motivos e que são os motivos que nos determinam a querer. Os motivos são em última análise as coisas conhecidas que nos atraem de formas variadas.
Estamos lançados em um mundo incerto e, como estamos condenados à liberdade, a livre escolha, esta ou é nossa melhor aliada ou pior o dos inimigos.
O homem é um ser ontologicamente livre e a liberdade é necessária porque ele está condenado a ela. Somos tão livres que não podemos deixar um minuto sequer de escolher. A vida é sempre uma escolha.
Minhas considerações finais são de que por mais que o filme nos dê a sugestão de uma virada radical na rotina, intimamente ele fala de construção de vida e de ideias de felicidade, que dentro de uma liberdade intrínseca humana, por vezes, não conseguimos estabelecer o melhor direcionamento e o melhor reconhecimento de nossas fraquezas.

Viva as Suellens e Gabrielas...

Ainda existe essa história de não transar pela primeira vez?
Qual o motivo?
Realmente, as mulheres me desapontam cada vez mais. Tão lutadoras para se  dizerem mestras, doutoras, trabalhadoras, donas do próprio nariz e ainda acham que a opinião de um homem deva realmente ser levada em consideração?!
Já que assim porque já não saem de casa com um cinto sexy de castidade? Não só instigará a estupidez masculina -de alguns- como será uma boa desculpa a toda essa palhaçada que se segura um homem deixando de transar nos 3 primeiros encontros. Tão pastelão americano.
Se é para ser, é.
Você pode transar 1 hora depois, 2 horas depois ou um mês depois, mas não será isso, com certeza, que fará você segurar um homem...
Alias, by the way, se o cara pensa que mulher que OBEDECE seus desejos  assim como ele, com a exceção que o homem procura prostituta ou as avulsas que não estão nem aí (graças a Deus), é qualquer uma, me diga, me diga, por favor, o que você quer fazer com um serial best killer deste?
Pelo amor de Deus.
vaii ser feliz, minha santa.
E depois ficam escrevendo teorias sobre a liberdade de Gabriela, a série da Globo e sua liberação sexual. A parte que mais me deixou feliz foi quando ela  indaga o tal do turco sobre o real motivo de  casar-se: para ter o sobrenome dele?
Ah, valha-me Deus.
Sejamos realistas: exijamos o impossível.
Assunto velho.
Bem, enfim, dê uma passadinha, você, namoradinha perfeita, vá com sua amiguinha -por curiosidade- nas boates que ficam atrás da Getúlio Vargas e veja  a quantidade de carros importados. Vai que o carro do seu príncipe esteja lá... já que sexo é só depois do casamento, ou mamãe te ensinou que tem que se resguardar ou vai que você não gosta mesmo....
Se você não faz, tem quem faça.
ok????
Bobinha!
O dia que a mulher realmente se tornar dona da própria vida, não é quando puder comprar o carro que quiser, estiver na mais alta posição de uma empresa, ter um apartamento na zona sul, o maridinho para andar de mãozinha dada na high society ou em jogos de golf, mas sim quando puder decidir sobre o seu corpo e o que fazer com ele.
Acredite: homens se impressionam com isso: com a personalidade.
Mas enfim...

Eu acordo cedo todos os dias, mas é tanta coisa para ser feita que a vontade é voltar ao útero e ficar lá por 18 meses.
Att,
Karina

Nunca se ma chuque: deixe que os outros vão fazer isso por você...

“ – Não faça isso. Nunca se machuque. Nunca mais faça isso. Deixe que os outros vão fazer isso por você”.
 

“Quando era pequena, achava que nada era o que parecia ser. Que, na verdade, ela era parte do sonho de alguém. De um gigante. Às vezes, ela acreditava que não era um sonho do gigante, mas morava numa parte do corpo dele como um parasita. E que na pele dela também existiriam essas populações, fazendo cantinhos seus de cidades. É,todo mundo já ficou imaginando besteiras assim. Todo mundo já ficou batendo em coisas para ouvir os diferentes ruídos que as coisas fazem. Todo mundo já pensou em ser famoso. E, lá no fundo, todo mundo já desejou passar por uma grande tragédia. Para ser grandioso. Possuir o status do sofrido-mor. Ariana sente vergonha da possibilidade de estar representando um papel – um papel de coitada – que todo mundo espera um dia poder representar. Uns imaginam-se fortes e sensatos; outros, histéricos e inconsoláveis. Como ela está? Em qual personagem ela se enquadra? É vergonhoso tudo isso. Levanta da cama. Não será forte nem inconsolável. Ela será Ariana. Tentará se comportar da maneira que Ariana faria. Aquela outra Ariana. Pois não deixará de sentir-se outra. Outra pessoa no corpo daquela uma. Só que ninguém deve perceber essa confusão. Não quer que ninguém saiba que ela é uma imitação do que já foi e jamais voltará a ser. Vai tomar banho.”

“Como se pode avisar a um coração que seu amor partiu do mundo? O coração não entende. Não deixa assim, pimba, de amar, porque houve uma fatalidade, e o objeto do sentimento morreu.”

 "Por que eu não sou uma burra? Por que eu não sou uma mesa? Simples como uma mesa. Óbvia como uma mesa. Prática. Aceitável. Necessária".


“Decidiu que nunca mais vai chorar. Tem passado a maior parte do tempo chorando, e agora sua dor é tanta que não cabe representá-la por lágrimas. Lágrimas não chegam a dizer mais nada”.


“As mudanças, quando acontecem, são mudanças já acontecidas, e que apenas aguardavam o soar do alarme para serem acionadas. Do alarme chamado sobrevivência. Que manda endurecer um coração. Ou quedar-se mais sensível às borboletas, quando se sabe que não passam de bichos feios fantasiados com asas coloridas”.


“Ninguém sabe até onde vai sua resistência. Dizem que Deus dá o cobertor conforme o frio, mas ninguém sabe o quanto pode agüentar desse frio. Se morrer de frio está por um triz ou se ainda faltam uns dias, ou horas, ou anos; a verdade é que ninguém sabe porra nenhuma sobre coisa alguma. Este é o nosso mistério. E sorte”.

domingo, 29 de julho de 2012

a laje fica logo ali...

sol, meus vira-latas, tomando sol, Dirk fez churrasco veg (pareço minha irmã... agora está com essa mania chata de tipo assim oh: ai, minha dermato disse isso... ah, eu não como carbo... ai, o endocrino... a nutri.... fiquei tão p. da vida que falei: oh santa, você nasceu no interiorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr e besides that - também acho o uóoooo quem escreve e no meio coloca frases ou expressões em inglês tipo  o must do verão, a it girl e por aí vai- você vai acabar ensinando seu filho a falar igual e é feio), aquele lugar lindo, maravilhoso, cheio de árvores, nosso, aquela grama verde, a paz invadindo o coração, as roseiras dando rosas... e aí pronto, chega a cunhada... digo, chega a mulher do filho do dono da chácara ao lado. O primor: com ouro dos pés a cabeça. Fecho os olhos morrendo de medo de ver um piercing de diamante na barriga... melhor, na pança dela, mas ainda bem que vejo bemmmm de longe... Enfim, eu sempre digo nem tudo que reluz é ouro e nem tudo que reluz é mecha californiana bem-feita.
Me diz qual o motivo em potencial para uma pessoa construir a área de lazer em um lugar tão fuleiro?  É para todo mundo sentir ao cheiro da carrrrrne, as crianças pulando na piscina,  sentir cheiro de cigarro e ver as mulheres tomando breja?
Pelo amor de Deus, o lazer deve ficar em local estratégico para ser usufruído, mas tem gente que só vai passar final de semana em chácara para comer, beber, se empanturrar de carne vermelha e ouvir  música estranha.
Ai, Deus, ai, Deus.
Ai, ai.
Bye.

Fazer escova é uma coisa muito depressiva...

E depois que eu li esse livro, alguma coisa mudou aqui dentro: entendi que não quero ser outra pessoa alem de melhor, mas cabe a imagem de mim mesma, o meu auto-amor e a vontade absurda de sair por aí, cantando com a minha voz desafinada de mosquito que eu não queria ser como a Cássia Eller... eu quero ser é Karina.
O mundo, minha senhora, não é somente aquilo que disseram para a senhora que é. O mundo é bem maior que essa sua cabecinha.

"Ficaram novamente em silêncio. Desta vez, na espécie de silêncio que ocupa espaço. O silêncio que, descrito numa folha de papel, deveria ser assim: ( .)"
 
"É uma besteira você pensar que pode moldar alguém. Criar. O que é isso? Pra mim, só se cria pintos, hamsters, gatos, cachorros. Filhos você põe no mundo. Com a sorte da surpresa ou o azar da decepção nas mãos do destino. Se o seu destino for ter um filho estúpido, você terá. Se existe alguém que pode mudar um filho, não são os pais dele".

- O meu é crítico e decepcionado.
- Mas você é tão bonito.
- Eu sou exigente.
- Sei como é.
- Por que você não evita de se olhar?
- Impossível, um espelho é um espelho".

"Com mãe é sempre mais complicado. Há o aspecto visceral, há as ligações intrínsecas. Mãe acha que filho é um órgão dela, ambulante, fazendo o que não deve por aí; e que ela, de um modo metafísico qualquer, ainda pode devolver lá para dentro aquilo que lhe pertence. Talvez devorando Aniquilando. Porque mãe gosta de mostrar poder, fazer filho sofrer. Filhos dó deixam de sofrer no dia que param de dar ouvidos às chantagens maternas. Então eles sentem que o órgão flutuante, mais seguro de si, rompeu a linha e voou."


"Pois as fêmeas sempre arcaram com a pior parte da espécie humana sobre a Terra. Parir, perdoar e varrer a casa".


"Porque as mulheres só conquistam alguma coisa - essa é a saga - quando se agarram a oportunidades. Quando não podiam comer carne, mas apenas dos restos, por serem desprovidas de força para caçar, engravidavam e eram mais bem alimentadas. Um agudo senso de ocasião as guiava a tirar proveito. Mulheres espertas sempre dão um jeito. É isso: dar um jeito trata-se de um instinto feminino que confere antropologia ao oportunismo. Ou seja: dar um jeito é darwiniano, é se aproveitar das chances favoráveis. E Ariana estaria, a partir daquele instante, inteiramente consciente de que seu oportunismo não era uma falha de caráter, mas uma qualidade do seu sexo. Sim, é verdade, nem todas as mulheres são oportunistas - porque algumas são burras. Pronto. Ariana passava a se sentir satisfeitíssima com as suas novas conclusões. Assim foi adiante: são as mulheres burras as únicas que condenam esse inato senso de oportunidade. Inclusive os homens o aprovam. Apoiar essa aptidão feminina é defender a natureza. E pensar que um dos grandes estratagemas do feminismo foi tentar convencer as mulheres de que elas não precisavam dos homens para vencer na vida. Mas - porra! - vencer na vida, na vida de algumas mulheres, quer dizer sobreviver. Ou conseguir uma boa barraca na praia. O que, no final das contas, é a mesma coisa".

"A felicidade é desse jeito mesmo: escorre rápido. É um líquido. Um tipo de líquido, só que bem grosso. Um fluido. Algo com uma consistência coloidal. Isso, como uma clara de ovo. Não. É menos denso que uma clara de ovo, é feito sangue. Exato, felicidade escorre que nem sangue pelas pernas de uma mulher. Veloz, mas não tão veloz quanto a urina. Ariana colocou de volta o sutiã. Bruno entendeu tudo. Incrível, mas é real: existem tipos de gente que entendem os outros tipos de gente".

"Mulheres são assim depressivas. Pois transformam simples simples vontades em necessidades vitais e, diante de uma transitória impossibilidade, distorcem as sensações até torná-las insuportáveis. Uma espécie de TPM zodiacal, algo meio físico, meio metafísico, energético, quem sabe, bioquímico, com certeza, que lhes ataca as idéias, enlouquecendo-as. E, por uns segundos, ela pensa em se jogar na frente de uma Kombi que está vindo.

"Fazer escova é uma coisa muito depressiva. Uma pessoa que precisa fazer escova nos cabelos pra poder sair de casa é alguém que merece comoção universal".
 

"Estão serenos. Serenos como deveriam ser aqueles que se sabem amados."

 "Ariana já foi até mulher de provérbio. Mulher que não era de capinar sentada. Mas o dinheiro, digamos, fácil, eliminou alguns afazeres, realmente, sem graça. Aí aconteceu aquilo que é inevitável, nas vidas daqueles que não mais precisam se obrigar a compromissos chatos: deixar de ter os pequenos prazeres que vêm de cumprir aquelas chatices. Chatices que são os prazeres da vida. Devolvam as minhas chatices imediatamente! Quero ter que fazer a feira! Faço questão de pesquisar os preços e reparar nas datas de validade. De ligar para a Sunab. De reclamar no Procon. Ser fiscal do Sarney. Calma, não, essa última foi forte demais".


"Mulheres são assim: muitas. Brigando, sempre, para tomar delas mesmas o espaço que entendem ser negado a elas. As mulheres - inimigas das mulheres - são suas piores adversárias. Lutam até o fim para acabar consigo próprias. Uma titica, realmente".



“Mulheres são assim dramáticas. Exageradas, excessivas. Mas quando é necessário encarar uma boa mesa de operação, seja para tirar uma mama ou lipoaspirar um culote, fazem-se a sensatez em pessoa. Fortes, jamais fogem feito homens. Homens adiam médicos enquanto sentem dor. Morrem de medo de exames, não suportam a idéia de vasculhar doenças. Preferem ter um saco deformado a fazer uma cirurgiazinha na próstata. Mulheres são acostumadas com dor. O primeiro dos homens não tinha sequer nascido e a primeira das mulheres já sofria o primeiro dos partos. Mulheres adoecem todo mês. Muitas se dobram de cólicas. Outras têm o humor estraçalhado em pedaços. Todas incham, engordam à toa. Esquenta, esfriam. Ficam medonhas. Marmanjonas com peles explodindo em espinhas. E depois, quando engravidam, vem aquela saga maldita que todo mundo conhece: enjôos, depressões, bexigas soltas, estrias. Então amamentam, amamentam, e voltam a sangrar. Mas, aí, já estão tão esgotadas dessa lenga-lenga maternal que clamam por um o.b., um modess, uma colicazinha pelo amor de Deus. Passam-se os anos e, com eles, outras gestações, filhos ingratos, maridos ausentes, rugas. Um belo dia, pimba: frios, calores, frios, calores. Confusão mental. A temporada esquizóide que chamam menopausa. Finalmente elas estão maduras e malucas. Sim, as fêmeas são dramáticas. Não, não vão sobreviver a uma cara repleta de perebas. Choram e riem.Tudo parte de um grande estratagema cênico, algo para disfarçar o grande e verdadeiro drama: nascer mulher”.


"Caminhos inevitáveis. Não existe jeito de se escapar de um destino quando só se tem um destino pela frente. Sentido obrigatório. Papo cabeça”.


“Ariana não fez uma promessa, nem está doente. Apenas cansou-se de estar sempre tons acima ou abaixo do que é ser ela. Do que deveria ser ela”.


"O fato é que estavam amedrontados com aquela involuntária proximidade. Não havia incômodo. Havia reticência”.


"As mulheres – as sábias – têm a capacidade de ficar mais belas durante os desesperos. Ela está, hoje, com esse tipo de beleza sobrevida. Sobrevivendo às mazela da sua vida, que não é tão desgraçada quanto outras várias por aí, mas mazelas são mazelas, e aquelas são as dela”.


"Olhos de preconceito são a pior deformidade para um rosto”
-Di, paraaaaa.
-Eu não paro não. Você tosou por 3 semanas e agora, só fiz uma vez.
TOSOU= tossir.
Então, tá, né?!

Minha irmã me escreveu e disse....

Bom diaaaa......
Nada de fazer propaganda,mas se ja cansaste dos esmaltes do mercado use os da OPI.
Comprei vários na ultima viagem e o que aconteceu?!
O que, que, que?!
Alergia.
Sim,tenho alergia a esmalte. A alergia poderia ser de chocolate, salgadinho, pururuca, mas é de esmalte e convivo com isso há 12,13 anos quando em viagem para Alemanha, fiz as unhas e, de repente, meu olho esquerdo fechou e meu pescoço ficou em carne viva. Cortisona na veia e depois os testes....
Enfim, minha irma escreveu:
Em 28/07/2012, às 18:24, iana @gmail.com> escreveu:
Então, preciso te falar... Lembra daquele esmalte da O.P.I que você me deu?
Ontem fiz minhas unhas SOZINHA e experimentei- que fácil de passar! Ficou super uniforme! Bem que vc falou né...
Não deu tempo de ir pro salão e fiz em casa. Foi beeem relaxante... Vendo a Carminha louca...
Bjs

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Ah, tem em Sampa....

http://www.missverniz.com.br/

 P.S: ela é muito engraçada.merece um blog mesmo.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Qual a cor do camaleão quando se aproxima do espelho?

Medidinha certa na medida de quem?!

Deus do céu, o que acontece com as mulheres de hoje?
Aos 24 anos, já se acham idosas, velhas.
Gente, o que é isso, por favor?
Será que com tantos exemplos de mulheres com 30 anos, 40 anos (usando exemplo de atrizes, escritoras, professoras, formadoras de opinião), 50 (Madonna que, ok, ok tá pagando muito peitinho), mesmo assim, não muda?
Você já ouviu falar de Regina Guerreiro?
Não sei porque achei o nome dela, mas digitei no google "meninas de 20 e poucos que já se sentem velhas" e surgiu esta, poderosa as ever....
Ela diz em uma entrevista:
"A mulher é vista como objeto de consumo. Antes podia ter bunda, hoje não pode mais. É horrível, essas modelos se sentem velhas aos 20 e poucos anos", critica. Com a autoridade de quem começou a trabalhar com o negócio la nos anos 70 - editou a Vogue Brasil por 14 anos e a Elle por nove -, ela garante que nem sempre foi assim. "Agora tudo esta igual, tudo fake."A moda de hoje segundo Regina, "é, sim, essa megera que faz com que muita mulher se sinta um lixo por não ser magérrima. Ou que muitas outras desfigurem o rosto com plástica. Se você não se aceita, quem vai te aceitar?", diz a mulher de sangue rosa-shocking, como ela mesma afirma.
(Regina Guerreiro)
Imposição esta que me deixa abismada com as meninas de tipo 17 anos lá na academia puxando peso, muito peso se matando na academia. Não são palitinhos, mas parece que uma por uma saiu do toilet feminino e todas são iguais: magras, revelando mais do que deveriam, cabelo comprido e liso logicamente. Não há uma que destoe, nada. E fora de lá, é a mesma coisa.
Bem, na minha época dava ainda para ser a gordinha, mas hoje é impossível já que a pressão é irredutível, tanto das revistas, sites, novelas, o tamanho das roupas, as chapinhas...
E vai Medidinha Certa do Fantástico AUXILIANDO, com o padrão GLOBO DE POLUIÇÃO, a internalizar que o certo é justamente isso, sem alertar que não existe certo e errado, mas o saudável, pô.
Quanto constrangimento as meninas de hoje passam. Tadinhas. Tadinhas. E geralmente, são filhas de mães mais neuróticas ainda, que são capazes, acreditem acreditem, já prometer a prótese de silicone no aniversário de 15 anos.
What a fuck, pqp?
O engraçado é que a vi a musa de alguns anos atrás, mas que hoje já está na faixa  dos 35, 36 anos. Sem maquiagem, com as extensões do cabelo até o traseiro aparecendo, a cor preta já over, as espinhas e aí, sinceramente, não tem jeito de não dar valor ao que uma boa maquiagem pode fazer, mas longe de estar velha, longe.
Não deixa de ser engraçado que os homens acreditem veementemente que essas musas, ora da vida real (a nossa, do dia a dia) ou as que estão na mídia são aquelas lindezas. São lindas sim, mas antes de saírem de casa (e muitas combinam fotos com os paparazzos), tem, aos seu dispor, maquiadores, cabeleleiros, stylists e, principalmente, ótimos assessores de imprensa que as transformam em divas. Tiro o chapéu para algumas como a Ju Paes, por exemplo. Essa definitivamente não tem jeito: eu acho linda mesmo e ela povoa tanto o imaginário masculino quanto o feminino , mesmo usando make up e ótimos estilistas, justamente por ser ela, por fazer parte da vida, não estar longe.... muitas olham e pensam: ela sim, ela sim... mas então, idealizam as inacessíveis.
Ah, só para lembrar: Juliana Paes tem 32 anos e sua carreira, pelo o que parece, está pegando fogo agora, deixando suas pegadas como atriz, além de empresária, mãe, esposa, apresentadora de programa e símbolo sexual, etc. E faz ginástica, dieta, se cuida, mas está se articulando como atriz cada vez mais porque sabe, acredito eu, que beleza um dia vai (digo, beleza  ninfetinha, a mulher mais gostosa do Brasil). Ah, tem também a Grazi que eu acho linda e que provou o contrário: que estudando, não sendo maria com as outras foi o diferencial para sua carreira e tipo, agora que fez 30 anos, teve a Sofia, a vida acabou?
Que pena que são sempre as mulheres que passam a frente essa história de velha ao invés de afirmarem que a idade é questão da natureza, pô. Será que a questão é a idade ou o medo de não casar, não ter filhos?
Pois é, deve ser difícil ser mãe com todos esses apelos da mídia.
Não ia ter saco para ficar dizendo não para isso, não para aquilo e morreria de medo de ter uma filha sem personalidade, uma maria vai com as outras, que vivesse em lojas comprando roupas e sapatos para preencher vazios, sem projetos de vida, sem anseios, sem vontade de ver o mundo alem do itinerário  Nova York, que sei lá fosse uma sombra do que poderia ser. TALVEZ ELA SOFRESSE MENOS, TALVEZ MAIS. No futuro, com certeza, quando a bundinha não fosse a mesma, haveria um acerto de contas, mas enfim....
Boa sexta-feira!
Mais livros, mais viagens para algum outro lugar que não seja só os Estados Unidos ( o nosso país é tão lindo), cortes de cabelo diferente, mais jornal, mais conversas, mais troca.... com ou sem bunda empinada.
ok?
Um beijo da tia....




quinta-feira, 26 de julho de 2012

Viviane Mosé e mais nada: não precisa!

santo é um espírito capaz de operar milagres
traga a vitória do espírito santo
eu venho do espírito santo
gente de espírito santo
poema de pé no chão é poema de gente normal
pensamento chão é poema que nasce do pé
os poema sexo. os poema cílio
são os poema cóccix. os poema virilha
dos punhos. das axilas. do quadril
uma forma de soltá-los
a dança é uma forma de amolecer os poemas
mas não use bisturi nunca
massagens e hidratação
com pomada basilicão
com banhos de imersão
buchas vegetais. óleos medicinais

 palavra é melhor
que nem chega perto da palavra tumores internos
que é melhor do que palavra ferida
que é melhor do que palavra catarro

tempo derretido é poema
pessoa endurecida é tumor
raiva endurecida é tumor
alegria endurecida é tumor
dor endurecida é tumor
 escorrendo em estado de lágrima
pessoas às vezes adoecem de gostar de palavra presa
prisão de ventre poderia um dia ter sido poema

calcificadas
muitas doenças que as pessoas têm são poemas presos

de lá pra cá ele tem sido bom comigo

que seja com o meu consentimento
um dia resolvi encará-lo de frente e disse: tempo
porque ele me pegava à força e por trás
é o tempo
acho que a vida anda passando a mão em mim
acho que há vida em mim.
acho que a vida anda.
acho que a vida anda passando.
acho que a vida anda passando a mão em mim.

ando exercendo instantes
com calma
sem raiva nem rancor
o tempo andou riscando meu rosto

Eu quero que a solidão me esqueça.
Eu, cuja única função é lavar palavra suja,
Que escrevo num tempo onde tudo já foi falado, cantado, escrito.
E eu, que não sou Clarice nem nada, fui mal forjada,
Um fluxo de líquidos. Um côncavo silêncio.
e ressoam como gongos ou sinos de igreja em meus ouvidos.
A mulher que engravida porque gosta de criança.
nem pensa essas coisas. Quem simplesmente ama e é amado.
E mais do que nunca tive inveja.
Tive medo de perder o estado de verso e vácuo,
Ausência de espelhos que dissolve a falta, a fraqueza, a preguiça.
Madona sedenta de versos. Mas tive medo.
Hoje andei como louca, quis gritar com a solidão,
No entanto, a soma das horas acorda sempre a lembrança
Confesso que gosto do espaço que é ser sozinho.
sempre querendo, querendo.
Mesmo das brigas ando tendo inveja.
Ontem, desejei com toda força ser a moça do supermercado.
Nunca fui de ter inveja, mas de uns tempos pra cá tenho tido.
algumas carregam a gravidade nas costas. já conheci gente
acho que hoje acordei semente. tenho andado muito temporal. minha irmã vive um momento tudo. a vida
de ser. uma forma líquida de pensar. uma vida paredes.
uma agonia vidro. uma emoção céu. uma espera pedra.
para uma nova gramática:

(Viviane Mosé)

Uma questão de... amadurecimento!

-Di, porque você quer comprar kinder ovo? É tão infantil.Que falta de maturidade querer o brinquedinho.
Ele me olha com aquela cara "como assim?" e responde, certeiro:
-Amadurecer pra mim é comprar o Kinder Ovo apenas pelo chocolate e não pelo brinquedo.
Som de daRNNNN....

Minha irmã me disse... me escreveu....

"Ka, o Pe está cada vez mais mocinho, fala tudo e mais um pouco. Uma matraca. Lembra da Carol quando pequena, como falava? Algo do tipo! 
Ah, tem um desenho em que o papai Pig dá um arroto e diz que é um som da natureza. Acredita que ele arrotou, eu olhei pra ele (tipo "que som feio, Pê"), e ele disse "é da natureza mamãe"... Quase morri de rir... Essa idade é fofa... eles falam tudo com aquela vozinha de bebê..."

P.S: Deussssss, ainda bem que saudade não mata, só dói.

Dia da vó

Acho que todo mundo gostaria de ter um oráculo...
Ou só eu?
Oráculo, oráculo, me diz, me diz, o que eu não fiz?
Sei lá, acordei sem ter dormido ou dormi sem ter percebido e quis agradecer algumas pessoas.... se não agradeci por e-mail, por face, agradeci via oração.
Hoje é dia da vó.
Nem preciso falar muito: a minha é fantástica e o lema dela no perfil do face é PAZ E AMOR.
Poderia escrever horas e horas sobre ela, mas usar outros artigos belos, faz muito bem.
Minha vó está sempre rindo, sempre para cima e nunca a vi de  mau humor.
Pois é, ela sabe viver.
Obrigada, vó!
E esse artigo me lembrou muito de você.
Minha querida absoluta!
Vamos rir....

Frases erradas que nos ensinaram...

Por trás Ao lado de um grande homem há sempre uma grande mulher.

Para você se sentir vivo, você precisa do que?!

Eu pensava em como devia ser chato ler sobre assuntos que não são agradáveis - para algumas pessoas deve realmente ser - mas recebi emails de gente que se sentiu aliviada por ler aqui coisas que poderiam ser ditas por elas. Fico feliz por isso. Quero muito responder a todos mas, lembra, essa especialização está realmente me deixando sem eira nem beira e me pergunto, qual foi o motivo real de ter entrado nessa?
Não sei.
Tenho ainda, que engraçado, sonhos com escola: eu acordo sobressaltada, olho no relógio, Di não entende nada e eu, na verdade, acho que estou atrasada para o Colégio ou o Anglo e quando me lembro que acabou, que passou e eu dou graças a Deus e volto a dormir.
Enfim, as pessoas estão sempre com mil coisas para fazer, super ocupadas e têm o maior orgulho de dizerem isso, mas oh você da poltrona, que continua insistindo em vir até aqui, ler o blog e continuar satirizando no seu face, me diga, de verdade, você não tem mesmo nada mais o que fazer ou eu sou tão vital para o seu ódio ou para você sentir-se vivo?
Que se respeite a dor alheia, num mundo onde ela está presente em cada esquina, mas que preferimos não enxergar e desviar o olhar para a vitrine mais próxima.
Vai entender justamente, nesse caso o que ter muito tempo, pode fazer.
Melhor não ter!
Até rimou!





quarta-feira, 25 de julho de 2012

Histórias Cruzadas

Gosto muitos dos artigos da Nina Lemos...
Um, em particular, me lembrou o filme que assisti, absolutamente abismada com a realidade, HISTÓRIAS CRUZADAS.
Quem não assistiu, assista. Alias, o Oscar de melhor atriz foi de Viola Davis, que no filme vive a personagem Aibileen, uma diarista que perdeu tragicamente o filho.
O filme é excelente e com histórias cruzadas e outras engraçadas. Comovente.
Voltando ao artigo de Nina Lemos, enfatizo um trecho:
"Dia desses, no problemático programa de Fátima Bernardes, o tema era relação de empregadas com patroas. No auditório, todos ficaram boazinhas. A patroa que tinha empregada que dormia em casa disse orgulhosa que até pagava o plano de saúde da moça, porque ela era uma pessoa “da família”. Como se pagar plano de saúde não fosse pura obrigação de um empregador minimamente decente.  E como se alguém ainda caísse nesse papo furado de “parte da família."
Pois é!
Quem quiser terminar de ler, clique AQUI.
Parte da família?!
Longe disso, bem longe.
A ironia é percebermos que um filme, no caso Histórias Cruzadas, que se passa em 1960, no Mississippi, segue, sem retórica, o padrão de até hoje, antes até de 1960.
Ouvimos por aí com desdém (há sempre as exceções, mas isso é tão lógico quanto 2 e 2 são quatro): "é quase um milagre achar uma empregada doméstica ou faxineira."
Graças a Deus!
E nem é tão novidade assim já que em matéria na Globo, já se falava do abandono do trabalho de empregadas domésticas. Vejam a matéria e o lance da mãe postiça. É de rir!
Repensemos o valor dessas mulheres, ou melhor, dessas funcionárias ( é mais chique... ouvi por aí!)
Repensemos o que seríamos sem isso, aquilo, mais aquilo.... Repensemos que dividir tarefas, lavar copos após o uso, se situar no dito "deslumbramento" (não fui eu quem disse) dos Europeus que não tem empregada doméstica e, mesmo com dinheiro, não precisam viver em mansões. Pois é!
A jornalista Adriana Setti, residente em Barcelona, também escreveu um excelente artigo, intitulado A CLASSE MÉDIA ALTA E OS SUPÉRFLUOS que demonstra que "do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente. A classe média europeia não está acostumada com a moleza. Toda pessoa normal que se preze esfria a barriga no tanque e a esquenta no fogão, caminha até a padaria para comprar o seu próprio pão e enche o tanque de gasolina com as próprias mãos. É o preço que se paga por conviver com algo totalmente desconhecido no nosso país: a ausência do absurdo abismo social e, portanto, da mão de obra barata e disponível para qualquer necessidade do dia a dia...."
Adriana vai mais longe e escreve o que fazemos e o que SENTIMOS, eu e meu marido ao conversarmos:
Alguns amigos paulistanos não se conformam com a quantidade de viagens que faço por ano (no último ano foram quatro meses – graças também, é claro, à minha vida de freelancer). “Você está milionária?”, me perguntam eles, que têm sofás (em L, óbvio) comprados na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, TV LED último modelo e o carro do ano (enquanto mal têm tempo de usufruir tudo isso, de tanto que ralam para manter o padrão). É muito mais simples do que parece. Limpo o meu próprio banheiro, não estou nem aí para roupas de marca e tenho algumas manchas no meu sofá baratex. Antes isso do que a escravidão de um padrão de vida que não traz felicidade. Ou, pelo menos, não a minha. Essa foi a maior lição que aprendi com os europeus — que viajam mais do que ninguém, são mestres na arte do savoir vivre e sabem muito bem como pilotar um fogão e uma vassoura.
Nina Lemos, Adriana Setti, o mundo, as empreguetes estão aí mostrando, deixando claro que o movimento "faça você mesmo", saiba se virar onde estiver e com quem estiver é ou se tornará VIRAL.

P.S: PARCIMÔNIA... só eu sei a verdade! E vc, sabe a sua?




Para nunca deixarmos de sonhar: Marcelo Jeneci!

Todo dia é dia de ler: meu encontro com Dom, o Casmurro!

Hoje é o DIA DA LEITURA

Não posso deixar de me lembrar das duas pessoas, entre outras, que me "apresentaram" ao mundo da leitura.

Meu pai, Antonio Lima de Souza que, ao contrário dos outros pais que não estavam nem aí e hoje ao invés de livros, dão Ipads, levava a mim e a minha irmã a livraria para escolhermos os livros do mês que ele comprava. Não me esquecerei nunca do Cachorrinho Samba e de tantos outros. Obrigada, pai. É uma herança que não se dissolve, não se vende, não se rouba assim como as aulas de inglês, de ballet, de música, de tennis... Coisas que um pai deixa a um filho e que nunca se perderá.
Não posso me esquecer também da mamãe que quando ia buscar a lista de material do Colégio São Carlos (logo após descobrir se tinha "passado" de ano!), já trazia, para minha felicidade, todos os livros indicados e que deveriam só ser comprados ao longo do ano, mas eu já lia todos nas férias.
Li também toda a coleção Sabrina... escondida, mas li.
Enfim, minha irmã, entra em várias fases..
Mas há duas passagens muito importantes.
A primeira vez que li um livro sério mesmo. Sim, um livro denso que ela, a minha irmã, acreditou que eu, com apenas 12 anos, poderia entender e absorver.
Ela bateu a porta do meu quarto e eu abri e lá estava ela segurando DOM CASMURRO. Era um segredo dela que finalmente compartilhávamos, teríamos mais alguma coisa em comum, mas o silêncio imperava.
Ela então voltou para o quarto dela e lá fui eu ler as primeiras páginas, sem entender os olhos de ressaca ou a expressão mais intensa que uma mulher pode receber: olhos de cigana oblíqua e dissimulada.
O que Machado de Assis queria dizer?
Eu perguntava para ela, mas esta minha irmã queria que eu descobrisse o mundo e lá fui (e nem Internet havia na época) ler livros, jornais e foi aí que fiz minha carteirinha na Biblioteca Municipal...
Sim, balzaca com muito, muito amor!
Defrontei-me com a questão da traição ou não de Capitu o que, acredito eu, não seja definitivamente o cerne da questão.
Depois desse, vieram muitos outros livros, muitas outras pessoas que viam minha vontade de ler, de integrar-me, de escrever: professoras do Colégio São Carlos, bibliotecárias, professores e professoras do Anglo, na Faculdade, no mundo.... Amigos que já fizeram parte da minha vida, como Michel Lacombe, que me enobreceu ao me apresentar Charles Bukowski, entre outros e, posso fazer um paralelo: enquanto meu avó me ensinou a escrever, o Michel me ensinou com paciência e dedicação a escrever releases, artigos. Não foi a Faculdade de Jornalismo e nunca será (já que, graças a Deus nem completei*), mas sim você, Michel, que por hora, enfim, estás longe, mas sempre morará em meu coração.
E teve também a Jo... que me apresentou Saramago que eu morria de medo, mas estou me deleitando. Obrigada.
Tem também a Tia Ana, irmã da minha mãe, que sempre está lendo e escrevendo. Sempre tinha seus diários e, como uma religião, escrevia, escrevia e até hoje, quando eu, minha irmã e ela nos encontramos, falamos de livros que estamos lendo... E do Jornal... Os filhos da Tia Ana, meus primos irmãos queridos e amados, também tem essa sede pelo saber, pelo aprender, pelo mundo.
Pai e mãe... essenciais.
Minha mãe... devoradora de Jornais, revistas e palavras cruzadas...
Nunca me esquecerei quando recebi o email do Laerte Coutinho, o cartunista magnífico, empolgadíssima e disse, quase gritando, fã, coisa de fã e nem imaginando a resposta dela, se é que haveria uma.
-Mãe, mãe, o Laerte me escreveu, me enviou um email parabenizando uma crônica. Acredita, mãe?!
-Ah, o cartunista?! Nossa, que bom. Parabéns, filha.

FINALMENTE...
Quem me ensinou a ler e a escrever?
Não, não foi SÓ a escola.
Foi meu AVÓ AMADO, Dudu Petroni. Essa também foi a herança que ele me deixou e também é a maior de todas. Eu ficava a noite na casa dele e enquanto assistíamos o Jornal Nacional, ele, pacientemente, me ensinava e, aos 5 anos de idade, sério, eu já lia o que estava escrito em muros, em jornalzinhos para crianças.....
E deve ser por essa razão que, por essas pessoas (e por mim também), que eu queira, que eu tenha decidido por esse caminho: ESCREVER E ESCREVER.
E para isso você não tem amarras, rabo preso, indicação, sobrenome. Nada.
Basta poder... e querer.
Obrigada, família e pessoas queridas.

P.S: Minha irmã me disse para ler ENSAIOS SOBRE O AMOR E A SOLIDÃO do Gikovate que, vejam só que ironia, é colunista de um site que escrevo também.
Ela tem o livro, mas esse ela não empresta. É que agora, infelizmente, estamos longe... mas nunca de coração. A escrita nos une: por email, foto, filme de família.

* Jornalista é quem lê, quem escreve, quem se articula, quem defende opiniões... e eu faço isso desde os 15 anos quando escrevia no Jornal Primeira Página ( onde permaneci até os 28 anos de idade). Ainda bem que posso ser e exercer o Jornalismo, assim como a minha verdade. Vejo amigos(as) que terminaram a Faculdade, mas que infelizmente, hoje estão trabalhando em áreas totalmente diferentes o que, reitera, mais uma vez, que em São Carlos, como já publicado (basta consultar a Internet) a grande maioria dos funcionários, sejam jornalistas ou não, não passaram por concurso, mas estão lá pelo chamado cargo de confiança que veio, com certeza, de indicação, influência. Posso dormir tranquila por não defender partido nenhum ou ideologia nenhuma que não seja a minha. E o restante que trabalham em outras áreas do jornalismo como, por exemplo, uma amiga com um alto cargo em uma empresa, me confessou que, viver de salário de jornalista (tabelado, logicamente) é pura perda de tempo e que, assim que puder, manda tudo às favas, faz as malas e vai lavar pratos na Austrália, viver bem e ser feliz. Finalmente, em um País, Brasil, que nem saiu e nem sairá da ditadura, jornalista serve exatamente para qual finalidade?!
Ah,claro, coluna social...